
A gravidez é um período de descobertas, emoções e, claro, muitos exames.
Entre eles, um se destaca no primeiro trimestre: a translucência nucal.
Se você está entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, provavelmente já ouviu esse nome.
Mas afinal, o que a translucência nucal pode detectar?
E por que ela é considerada um dos avanços mais importantes da medicina fetal moderna?
Neste post, você vai entender exatamente o que esse exame pode revelar sobre a saúde do seu bebê e por que ele merece atenção especial.
Vamos juntas?
O que a translucência nucal pode detectar
A translucência nucal pode detectar anomalias cromossômicas e malformações estruturais no bebê ainda no início da gestação.
Realizado por ultrassom entre a 11ª e a 14ª semana, esse exame mede o acúmulo de líquido na região da nuca do feto.
Um aumento nessa medida pode indicar:
- Síndrome de Down (Trissomia 21): principal condição detectada, com taxa de acerto de até 95% quando combinada com outros fatores.
- Síndrome de Edwards (Trissomia 18) e Síndrome de Patau (Trissomia 13): mais raras, mas com risco aumentado quando a TN está alterada.
- Síndrome de Turner: ausência parcial ou total de um cromossomo X, detectável em fetos do sexo feminino.
- Síndrome de Klinefelter, Triplo X e Jacob: outras anomalias dos cromossomos sexuais.
- Malformações cardíacas congênitas: como o coração fetal influencia a circulação, alterações podem causar aumento na TN.
- Outras alterações estruturais: como problemas no sistema nervoso central e no sistema vascular.
Além disso, o exame pode incluir a avaliação do osso nasal. A ausência ou formação inadequada do osso também é um sinal associado a algumas síndromes genéticas.
Como funciona o exame de translucência nucal
A translucência nucal é um exame simples, rápido e não invasivo, feito por ultrassom.
Ele deve ser realizado entre a 11ª e a 14ª semana, quando o bebê tem entre 45 e 84 milímetros (CCN – comprimento cabeça-nádegas).
Durante o exame, o profissional observa a região da nuca do feto e mede a espessura do acúmulo de líquido.
Valores considerados normais são inferiores a 2,5 mm.
Acima disso, há indicação de risco aumentado — o que não significa diagnóstico, mas sim a necessidade de investigação complementar.
E se a translucência nucal estiver alterada?
Se o resultado indicar um valor maior que 2,5 mm, o médico pode solicitar outros exames, como:
- NIPT (teste pré-natal não invasivo): exame de sangue que analisa o DNA do bebê no sangue da mãe, com alta precisão.
- Amniocentese: retirada de uma pequena amostra do líquido amniótico, feita a partir da 15ª semana.
- Biópsia de vilo corial: coleta de uma amostra da placenta, possível entre a 10ª e 13ª semana.
Esses exames confirmam ou descartam possíveis alterações cromossômicas.
É importante lembrar: a translucência nucal é um exame de triagem, não de diagnóstico. Ele aponta probabilidades, e não certezas.
Por que fazer a translucência nucal
Fazer esse exame pode trazer mais tranquilidade e permitir um acompanhamento mais cuidadoso da gestação.
Com os resultados em mãos, é possível:
- Planejar o pré-natal de forma mais personalizada
- Consultar especialistas, como geneticistas ou cardiopediatras, se necessário
- Reduzir a ansiedade com informações claras e confiáveis
- Se preparar emocionalmente e logisticamente para diferentes cenários
Além disso, detectar precocemente uma condição permite preparar a equipe médica para o parto e os primeiros cuidados com o bebê.


