O ultrassom pode detectar cirrose hepática? Descubra como funciona o exame

Cirrose hepática é uma doença que, muitas vezes, evolui sem dar sinais.

Quando os sintomas aparecem, o fígado já está bastante comprometido.

Por isso, o diagnóstico precoce faz toda a diferença.

É aqui que o ultrassom entra como um dos principais aliados da medicina.

Mas afinal: o ultrassom pode detectar cirrose hepática?

É isso que você vai entender neste post, de forma simples, direta e confiável.

Continue lendo para saber como o exame funciona, quando é indicado e o que ele pode ou não revelar.

E descubra também como ele pode ajudar você a cuidar melhor da sua saúde hepática.

O ultrassom pode detectar cirrose hepática?

Sim. O ultrassom pode detectar cirrose hepática.

Ele consegue identificar alterações típicas no fígado, como mudanças na textura, presença de fibrose e sinais de complicações como ascite.

Essas imagens aparecem em tempo real durante o exame, permitindo uma avaliação inicial bastante eficaz.

Além disso, existe uma versão mais precisa chamada elastografia hepática, que mede a rigidez do fígado — uma das principais características da cirrose.

Esse tipo de exame é indolor, seguro e elimina a necessidade de biópsia em até 80% dos casos.

Portanto, se a dúvida era se o ultrassom detecta cirrose, a resposta é clara: sim, especialmente quando combinado com tecnologia como a elastografia.

Quando o ultrassom é indicado e como funciona o exame

O ultrassom abdominal é solicitado em diversos contextos clínicos.

Entre eles:

  • Suspeita de doenças hepáticas (hepatite, esteatose, cirrose)
  • Sintomas como fadiga, dor no lado direito do abdômen e icterícia
  • Histórico de consumo excessivo de álcool
  • Pacientes com obesidade, diabetes tipo 2 ou hepatite viral

O exame é simples. O paciente deita em uma maca, um gel é aplicado na barriga e o transdutor desliza sobre a pele.

Dura entre 10 e 30 minutos e não causa dor.

Em casos específicos, como na elastografia, o braço direito precisa ser mantido acima da cabeça para facilitar a medição da rigidez do fígado.

É recomendado um jejum de 4 a 6 horas, principalmente para evitar interferência de gases intestinais.

Limitações do ultrassom e quando fazer outros exames

Apesar de eficaz, o ultrassom tem limitações.

Nem sempre consegue identificar cirrose em estágios iniciais.

A qualidade das imagens pode ser prejudicada em pacientes com obesidade ou ascite intensa.

Além disso, a diferenciação entre tipos de fibrose nem sempre é clara.

Quando isso acontece, o médico pode solicitar exames complementares, como:

  • Ressonância magnética
  • Tomografia computadorizada
  • Exames laboratoriais com marcadores hepáticos
  • Biópsia (em último caso)

Ou seja: o ultrassom é uma excelente porta de entrada, mas pode precisar de reforço dependendo da situação clínica.

Diagnóstico precoce salva vidas – e o ultrassom é seu aliado

Quanto mais cedo a cirrose é detectada, maiores as chances de tratamento e controle.

O ultrassom ajuda nisso: é acessível, indolor, sem riscos e amplamente disponível no sistema de saúde.

Se houver suspeita, converse com seu médico sobre a possibilidade de fazer o exame.

E se puder, opte pela elastografia: ela oferece um nível de precisão ainda maior.

Não ignore sintomas. Não adie exames.

Detectar cedo é evitar o pior.

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Dr. Marcelo Adriano

Dr. Marcelo Adriano Dias é médico radiologista com mais de 15 anos de experiência, atuando em Araguaína-TO. Formado em Medicina pelo ITPAC e com residência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela UFS, é especialista em ultrassonografia, tomografia, exames com Doppler e elastografia hepática. Participa ativamente de eventos como a Jornada Paulista de Radiologia desde 2009, além de possuir formação avançada em ultrassonografia pediátrica, ginecológica, obstétrica, musculoesquelética e vascular. Reconhecido pela precisão, responsabilidade e acolhimento no atendimento.

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